The book thief – the movie

Lembram que eu prometi uma resenha do filme A menina que roubava livros? Preparem-se! Segue o texto prometido.
A história já era minha conhecida. Li o livro algumas várias vezes. Acho o enredo muito emocionante e inspirador. E gostei muito do filme também. Ele me emocionou, a ponto de provocar lágrimas em algumas cenas. A fotografia é impecável e retrata bem a época em que uma Alemanha nazista queimava livros proibidos e impunha uma política contrária aos judeus.
Liesel, a nossa pequena roubadora de livros, é entregue a um casal alemão. A mãe não tem dinheiro e é “comunista” – um dos perfis mal-vistos pela Alemanha nazista. Seus novos pais, Hans e Rosa Hubermann, apresentam Liesel a uma nova realidade. A garota aprende a ler no porão. Faz amizade com um judeu sonhador. Rouba livros… as palavras acompanham toda a história. E talvez isso seja o que mais me emociona nessa trajetória de Liesel…
“Quando a vida te rouba, às vezes é preciso roubar de volta”.
A menina que roubava livros é uma sobrevivente. Mesmo com tantos infortúnios em sua vida, as palavras são sua ferramenta para persistir. Para lutar. Para viver sempre com intensidade. E por isso a especial narradora encapuzada dessa história admira tanto a vida de Liesel: os humanos são tão extraordinários. A Morte encarou a menina que roubava livros três vezes, e sempre se surpreendeu.
Já vi muito gente falar que não gosta da história (e muita gente que gosta também). Ouvi comentários como: “É um filme (e/ou livro) muito triste” e “Como assim, a Morte conta a história?” (não se preocupem, não vou adiante e não vou colocar spoilers no fim do texto, haha)… Mas sempre quando escuto esses leitores (e respeito sua opinião, é claro), penso naquela história de encarar a vida a partir de um meio copo de água. Muita gente vai ver um copo meio vazio. Outros, entretanto, veem um copo meio cheio. Cada vida é uma mistura de imprevisível, desafios, alegrias, tristezas, perdas e dádivas. Cabe a cada um encará-la de forma positiva ou negativa. A história da menina que roubava livros mostra exatamente isso: como todos esses ingredientes juntos fazem da vida humana um pequeno milagre. Uma história extraordinária que merece ser contada. E quem sabe a história vira livro. Ou filme.

Um filme extremamente recomendado, se você aprecia uma fotografia caprichada, atuações emocionantes, um pouco de história, amor, guerra e… livros (muitos livros)!

Se você se interessou, segue o trailer do filme:
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Written by Gigi Eco
Gigi Eco ama aprender e faz muitas coisas ao mesmo tempo - é jornalista, fotógrafa, professora, rata de biblioteca e musicista por acidente. Ama viajar e é viciada em chás. É a escritora oficial dos cartões de Natal da família. É Doutora em Comunicação e Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e atualmente trabalha no seu primeiro livro de poesias.