Andressa Jendreieck

Cresceu no interior do Paraná, mas sendo amante de selvas de pedras, sonhou sempre em morar em uma cidade grande. Morou em quatro (ou cinco, dependendo da sua definição de morar) cidades diferentes. Porém, mesmo não sendo uma cidade grande, vive agora em Munique, na Alemanha, há mais de oito anos.

Desde criança tomou café. Ao longo do tempo, variou entre café com leite e com muito açúcar, café preto com muito açúcar, café só com leite e, agora, toma só café preto sem açúcar. A admiração por esse líquido negro vem crescendo desde então. Atualmente aproveita para fazer um tour pelos melhores cafés/roasteries de cada cidade em que passa pelo mundo, e sempre traz um pacote de grãos tostados para preparar em casa.

Estudou Física e Astrofísica. Um doutorado foi o que a trouxe à Alemanha, país que a encantou desde sempre, provavelmente por ser descendente e ouvir as histórias que seu pai contava sobre seus bisavós alemães. Queria morar em Berlim, porém se acomodou em Munique desde 2011.

Um anseio artístico sempre fez parte de sua vida. Quando pequena, depois da escola, achava algum papel, pano, pedaço de plástico e transformava em arte. Também fez aula de pintura e dos mais diversos estilos de dança. Aprendeu a tocar piano quando criança e está reaprendendo agora como adulta. Até pensou em seguir carreira em Publicidade para poder usar esse seu lado criativo, mas o mundo lógico parecia mais apropriado para sua vida.

Cresceu aprendendo que às vezes o seu gênero limitava o andar de sua vida. Em algumas situações era tratada como o irmão, porém em outras tinha diferença e não entendia o porquê. Antes não gostava do termo feminista por ter uma conotação ruim, mas hoje em dia entende a história da palavra e veste com orgulho a causa, seja para explicar às pessoas o que é feminismo, ou participar de protestos levando a causa mais próxima da população.

Hoje trabalha como engenheira de software automotivo, e continua tentando os mais diversos tipos de “fazer arte”, seja escrevendo para esse blog, pintando quadros com tinta acrílica, fazendo origami. Também aprende dança contemporânea, uma atividade que trouxe uma sensação de liberdade corporal que nunca aprendeu enquanto crescia em uma cidade pequena no interior do Paraná.